Em uma mão, ódio.
Noutra mão, esperança.
Em uma palma, gratidão.
Em um coração, desejo.
Em um corpo, sacrifício.
Em um pássaro, alvedrio.
Na cama, saudade.
Na calçada, lar.
Na cicatriz, lembrança.
Em cada peça de roupa,
em cada gota de suor,
em cada gesto...
Há vida, servidão, heroísmo, covardia,
há tudo e este pensa no nada.
Pensa no fruto e no ocorrido.
Vaga à noite,
como vaga a sombra,
errante, sempre pensando em chegar.
André G. Jardim
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