Tomo um café
a fumaça que sai do copo dança,
serpenteia na minha frente.
Fico ali observando,
pensando,
em quem devia esquecer.
Meus demônios ficam aqui vigiando-me,
todos preocupados e me dando conselhos.
Acham-me muito soturno,
e dizem que querem meu bem!
A presença do sol me incomoda,
a luz é forte demais.
Imagino um trem,
estraçalhando meu corpo,
levando meus pedaços pra longe... Longe...
A realidade é amarga!
Faça-me jurar,
que gritarei e serei outro,
assim que sair daqui.
A história do garoto que tinha tudo,
transformou-se na do palhaço,
que ao invés de fazer rir,
faz chorar!
Toda noite,
o passado me machuca.
Maltrata.
Peço Oxalá, aleluia,
quero o mar!
André G. Jardim
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