Contando experiências de vida em poesia e qualquer manifestação de arte!!!!!!!







15 de mai. de 2011

Negrinho

Girando no carrossel em seu belo alazão,
o “êrê” diverte a multidão.
Brinda a todos com seu jeito faceiro,
inebria a áurea daqueles que como ele, não envelhecem.
Vacilante o espectro olha a cena e questiona-se:
qual vida não quer isso?
A que acostuma-se com a dor?
A que não quer ardor?
Aquela que não tem cor?
Damos todos risadas estridentes,
ouvidas a léguas dali,
levando luz ao mundo.
Sabe, vendo o menino correndo no campo imaginário,
nem lembro que o seu galope é limitado pelo brinquedo.
E junto vai minha existência.


André Gonçalves Jardim

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